As baterias das escolas de samba surgiram no final da década de 1920, juntamente com as próprias escolas de samba. No início, elas eram pequenas, com aproximadamente 20 integrantes. Hoje em dia, elas têm entre 200 e 300 percussionistas. Essas “orquestras de percussão” são joias de nossa cultura popular, conhecidas por sua sonoridade potente e seu suingue, o que contribuiu para que se tornassem um símbolo da cultura brasileira.

O objetivo deste livro é analisar sistematicamente, em um formato didático, a parte rítmica do samba e a função de uma bateria de escola de samba, para que o leitor entenda como é criado o som único de uma bateria. Ao final do livro, o aluno entenderá como um arranjo de bateria é criado, e será capaz de fazer seu próprio arranjo de bateria. Todas as partituras do livro são acompanhadas de seus respectivos áudios. Dessa forma, mesmo quem não sabe ler notação musical consegue acompanhar o conteúdo do livro.

Na primeira parte do livro, faço um breve histórico da criação do samba como gênero musical e das escolas de samba e suas baterias. Falo também sobre a distribuição dos instrumentos em uma bateria e sobre o samba-enredo e como seu formato influencia os arranjos da banda.

Na segunda parte, falo sobre os padrões rítmicos básicos do samba e cada um dos instrumentos mais comumente usados nas escolas de samba. Nessa seção de instrumentos, mostro os grooves básicos de cada um e sua função dentro da bateria.

Na terceira parte, falo sobre os quatro elementos usados pelas baterias para compor seus arranjos. Mostro como cada instrumento funciona em cada um desses elementos e em que parte do samba-enredo os elementos ocorrem. No final dessa seção, criei um arranjo para o samba-enredo “É Hoje” colocando em prática tudo o que está contido no livro.

Na última parte, faço uma breve descrição de cada uma das escolas de samba mais tradicionais do Rio de Janeiro, enfocando as características e a história de suas baterias.